Meus queridos amigos,
que possamos seguir
celebrando a vida,
especialmente nesse tempo fecundo
onde o Amor ferido
é, misteriosamente,
fonte de beleza e coragem.
Beijos ternos
e sempre muito agradecidos,
Fátima
TARDE DE SEXTA FEIRA SANTA
Benjamin González Buelta
Tua vida se via destruída
mas tu alcançavas a plenitude.
Aparecias crucificado como um escravo
mas chegavas a toda liberdade.
Havias sido reduzido ao silêncio
mas eras a palavra maior do amor.
A morte exibia sua vitória
mas a derrotavas para todos.
O Reino parecia esvair-se contigo,
mas o edificavas com entrega absoluta.
Acreditavam os chefes que te haviam tirado tudo
mas tu te entregavas para a vida de todos.
Morrias como um abandonado pelo Pai
mas Ele te acolhia em um abraço sem distancias.
Desaparecias para sempre no sepulcro
mas inauguravas uma presença universal.
Não é apenas aparência de fracasso
a morte do que se entrega a teu desígnio?
Não somos mais radicalmente livres
quando nos abandonamos em teu projeto?
Não está mais próxima nossa plenitude
quando vamos sendo despojados em teu mistério?
Não é a alegria tua última palavra
em meio às cruzes dos justos?
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